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Cirurgia estética radical que quebra ossos está cada vez mais popular entre homens

 



O desejo de mudar alguma coisa em seu corpo faz com que várias pessoas busquem por cirurgias estéticas. De acordo com o último levantamento feito pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), o Brasil é o segundo país que mais faz procedimentos desse tipo no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Mas é claro que não são somente pessoas desses países que desejam mudar alguma coisa.

Isso é tão realidade que uma cirurgia estética que envolve a quebra de ossos tem ficado cada vez mais popular entre os homens. “As mulheres geralmente não namoram homens que são mais baixos do que elas. Às vezes a coisa mais difícil era sentir que não encontraria uma esposa”, disse Sam, um britânico de 30 anos.

Com isso em mente, Sam foi adepto dessa cirurgia que está se tornando tendência em países como Estados Unidos, Reino Unido e até Espanha. O procedimento é o alongamento de pernas para que eles fiquem mais altos. É claro que a operação é bastante invasiva. Para ela ser feita é preciso quebrar o fêmur para que o homem ganhe mais alguns centímetros.

De acordo com Sam, por conta da cirurgia, ele ganhou oito centímetro de altura e passou de 1,62 metros para 1,70 metros em poucos meses. “Sempre pensei que ser alto e ser bem-sucedido são fatores relacionados. É por isso que tive que encontrar minha própria solução”, disse ele.

Por ser um procedimento bastante invasivo, ele requer que o paciente fique de cama por semanas e fique sem conseguir andar por meses. Além disso, o custo desse procedimento pode ser bem alto, chegando a até cerca de 70 mil dólares, aproximadamente 370 mil reais.

“É uma operação dolorosa, que implica em um longo processo de recuperação porque uma parte do osso é mole, então você deve esperar para andar até que esse osso possa suportar o peso do corpo novamente”, disse o cirurgião Kevin Debiparshad.


Mesmo com todas essas questões, Debiparshad chega a fazer até 50 cirurgias por mês no seu consultório em Las Vegas. E de acordo com o médico, ele viu um aumento na demanda do público masculino. “O tabu de que homens não fazem cirurgias estéticas está caindo. Essa operação em especial é uma que muitos homens procuram”, pontuou ele.

Por todos seus riscos, essa é uma cirurgia bastante polêmica. Tanto que a Associação Americana de Cirurgiões Plásticos, assim como a Academia Americana de Ortopedistas, diz que esse procedimento é ortopédico, mas usado para fins estéticos.

Quem foi pioneiro nessa técnica foi um cirurgião ortopédico soviético. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele inovou usando esse tratamento para a reabilitação dos soldados mutilados.

Esse cirurgião era Gavril Ilizarov, um médico que durante seu tempo no campo de batalha percebeu que os ossos, principalmente o fêmur, tendiam a se expandir. Dessa maneira, eles preenchiam a lacuna entre as partes quando o osso sofria uma fratura.

Sabendo disso, o cirurgião desenvolveu uma tática que era quebrar o osso, mas não comprometendo a parte conhecida como periósteo, a parte externa do osso. Assim, ele o separava um pouco e esperava que o próprio osso ocupasse o espaço deixado no meio.

“Essa técnica evoluiu muito, mas na verdade a ideia inicial é a mesma: o que fazemos é com que o próprio osso preencha esse espaço e é aí que se ganha os centímetros extras que o paciente deseja”, explicou Debiparshad.

De acordo com vários cirurgiões entrevistados pela BBC, o procedimento é assim: primeiro, eles fazem um furo nos ossos da perna que irão ser divididos em dois depois.

Após isso, eles colocam, cirurgicamente, uma haste de metal no osso e a mantêm em seu lugar com vários parafusos. Essa haste é alongada a até um milímetro por dia. Esse alongamento acontece até o paciente chegar na altura que queria. Então, seus ossos são deixados para cicatrizar de novo.

Pode-se imaginar que essa cirurgia é dolorosa e que seu tempo de recuperação é demorado.

Foto Reprodução

Fonte Portal Fatos Desconhecidos

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