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Surpreendido por avalanche no Nepal, fotógrafo sai ileso e ajuda a resgatar vítimas: 'Não acredito em acaso, eu precisava estar ali'

 


Em expedição no Nepal, o fotógrafo e cinegrafista Gabriel Tarso, de Cruzeiro (SP), foi surpreendido por uma avalanche na montanha Manaslu, a oitava montanha mais alta do mundo. O brasileiro saiu ileso e ajudou a resgatar outros alpinistas vítimas da avalanche, que aconteceu no fim de setembro.

“Não acredito em acaso, sinto que eu precisava estar ali para poder ajudar no resgate”, afirmou.

Gabriel tem 34 anos e há mais de dez trabalha escalando montanhas para documentar o feito de atletas e grupos de escalada, por ter experiência neste tipo de trabalho. Ele conta que nunca tinha passado por uma avalanche e que a situação foi desesperadora.

“Era por volta das 11h, estávamos a mais de 6 mil metros de altura e eu estava fotografando a paisagem, porque depois de muitos dias de tempo fechado, estava uma luz bonita do sol. Estava tudo tranquilo, até que ouvi um estrondo grande, olhei pra cima e vi uma massa de gelo se desprendendo e vindo na minha direção. Não tinha pra onde correr”, narrou.

Assim que percebeu o que estava acontecendo, Tarso tentou se proteger. Ele deitou no chão e usou a mochila de escalada para cobrir a cabeça.

"Eu estava exposto a avalanche e precisava me proteger. A gente aprende que precisa encontrar um local com desnível para se abrigar, um local que tenha apoio para os pés. Na hora eu consegui ficar abaixado e usei a mochila para proteger a cabeça. Fiquei no chão esperando a avalanche descer”, explicou.

O fotógrafo sobreviveu a avalanche e saiu ileso, sem um arranhão. Outros colegas, no entanto, não tiveram a mesma sorte. Por isso, Tarso e alguns sherpas, como são chamados os nativos do leste do Nepal, se mobilizaram para ajudar no resgate das vítimas.

"Eu tive muita sorte por estar em uma área em que os blocos de gelo não vieram muito na minha direção, por isso não fui atingido com tanta intensidade como outros colegas. A menos de dez metros de onde eu estava, a avalanche foi muito mais forte. Assim que a avalanche passou, eu comecei a ver pontos na neve, não sabia se eram mochilas ou objetos, até que percebi que eram pessoas e desci o mais rápido para ajudar”, contou.


Foto Reprodução

Fonte G1


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